É neste século que vamos viver uma das maiores guerras. Jamais poderíamos pensar que a humanidade teria que travar uma luta contra ele mesma. Este desafio chama-se Desenvolvimento verso Aquecimento Global. Diante do nosso atual comportamento de seres consumistas, e na busca de melhor conforto, as nossas aquisições tornam-se cada vez mais obsoletas, ou seja, os bens materiais de que nos servimos hoje, muitas vezes, amanhã já deixamos de utilizá-lo e trocamos por um melhor.
A questão Desenvolvimento passou a ser tratada como enriquecimento, porém, o verdadeiro Desenvolvimento não é uma questão restritamente no bem capital, mas na qualidade de vida dos seres e garantindo a Sustentabilidade que está intimamente ligada a uma relação com a continuidade dos aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana.
Onde vamos chegar? Não sei dizer exatamente, mas é necessário conscientizar sobre as Mudanças Climáticas que afetam o nosso lindo planeta azul, a nossa grande morada. Os regimes de chuva, sendo chuvas muito fortes e rápidas ou atraso para que as primeiras chuvas aconteçam, intensas frentes frias, aumento do nível do mar, derretimento de geleiras, formações de furacões, cada vez, mais freqüentes e até as doenças podem surgir em forma de uma epidemia.
O enriquecimento através dos recursos naturais sem respeitá-los como uma parte muito importante de nós, deixa uma lacuna, onde e como vamos viver? Pequenos países localizados em ilhas vão desaparecer. E a fome surgirá pela perda da produção por excessivo calor, geadas, chuvas muito fortes.
Em um artigo escrito por Gabriela Cabral em um site www.brasilescola.com, cientistas calculam que no sul do planeta milhares de pessoas não resistirão ao calor, principalmente, se o aumento atingir 3° C, o número de mortos poderá ser de 87 mil até 2071. Para Heitor Matallo, membro da Convenção das Nações Unidas para o Combate da Desertificação (UNCCD), um ciclo puxa outro, com a degradação do desmatamento e erosão, os reservatórios de água irão diminuir, aumentando as áreas desertas, e com o avanço da temperatura global, nessas áreas será quase impossível viver normalmente em curto prazo, porém não impossível, pois o corpo humano se adapta de acordo com as necessidades. Com isso, o ecossistema dessa região ficará totalmente desequilibrado, permitindo a extinção de várias espécies de animais.
O degelo das calotas polares fará os oceanos subirem até 4,9 metros, cobrindo vastas áreas litorâneas no Brasil, além de provocar também a escassez de comida, disseminação de doenças e mortes. Famosas praias brasileiras como Copacabana e Ipanema podem sumir, claro, em longo prazo.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) atribui à modificação do clima 2,4% dos casos de diarréia e 2% dos casos de malária em todo o mundo. No nosso caso, a dengue poderá provocar uma epidemia nas regiões alagadas ou até mesmo em regiões planálticas, resultado na falta de definição das estações.
É por isso, que devemos pensar globalmente e agir localmente.