Energia dos ventos transformou o RS em um novo mercado alternativo às fontes tradicionais.
Porto Alegre - Com 67 projetos habilitados, o Estado participa, nesta segunda-feira (14), do primeiro leilão de energia eólica promovido pelo governo federal. A energia dos ventos é abundante e transformou o Rio Grande do Sul em um novo mercado do segmento alternativo às fontes tradicionais de energia. Foram habilitados 339 projetos no Brasil, o que coloca os gaúchos na terceira colocação em quantidade de empreendimentos, atrás apenas do Ceará e do Rio Grande do Norte.
De acordo com a governadora Yeda Crusius, a energia eólica é uma fonte importante dentro da proposta do governo de trabalhar para a auto-sustentabilidade da economia. "Se vencerem, os municípios [de instalação das empresas] mudarão. Não apenas pelos royalties da energia gerada, mas de todo o complexo de atividades econômicas que se formam em torno dos parques", afirma. Através da Fepam, o governo gaúcho criou grupo de trabalho que se dedicou exclusivamente a projetos de licenciamento ambiental na área de energia eólica no Estado.
Este é primeiro leilão de energia voltado exclusivamente para a contratação de fonte eólica e será realizado através da modalidade de reserva. O preço inicial do leilão, de acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), será de R$ 189 megawatts por hora (MWh). Os empreendimentos que ofertarem os maiores deságios sobre o preço inicial assinarão contratos de compra e venda de energia com 20 anos de duração, válidos a partir de 1º de julho de 2012. Os projetos habilitados somam 10.005 MW. Apenas os do Rio Grande do Sul chegam a 2.238 MW.
Em Osório, no Litoral Norte, localiza-se o maior parque eólico do país, com capacidade instalada de 150 MW. As regiões gaúchas com melhor aproveitamento deste tipo de energia são o Litoral e a Fronteira Oeste. Entre as empresas habilitadas no Estado, está a Fortuny Energia Brasil, que prevê construções de parques eólicos em municípios como Livramento e Jaguarão. A Enerfin do Brasil Sociedade de Energia participa da operação em parceria com a CEEE.
Foto: Palácio Piratini
