Idelmar de Oliveira Castro
"Eu adoro a vida, é o que de mais bonito existe." Com essa alegria e amor pela existência, Idelmar de Oliveira Castro desfruta da beleza de cada dia.
Aos 88 anos, levanta disposto às 6h e leva frutas na cama para a companheira Nair Santana, 60 anos. Depois, prepara o café e sai para dias cheios de atividades.
Pelo menos duas vezes por semana, o compromisso é com o esporte. Ele joga câmbio, uma espécie de vôlei adaptado, no grupo do Sesc Maturidade Ativa. No peito, ostenta as medalhas já conquistadas nos campeonatos dos quais participou.
Futebol, sempre gostou de assistir. Quando jovem, também jogava, mas de farra. Naquela época, "era difícil virar profissional". Hoje, acompanha de perto as partidas do Inter, seu time de coração.
Esse senhor sorridente e emotivo também é membro da maçonaria. Festas, passeios e a companhia dos familiares e amigos são bens preciosos para o aposentado. "Adoro um arrasta-pé", conta ele, um dos fundadores do CTG Prenda Minha, em Bagé.
Idelmar nasceu e morou na cidade fronteiriça até os 58 anos. Teve cinco filhos, frutos do primeiro casamento com Eliodora Madureira Castro, e que enchem o pai de orgulho. Os nove netos aumentaram a família.
Trabalhou no comércio, cumpriu serviço militar obrigatório e foi chamado para servir novamente de 1942 a 1945, durante a Segunda Guerra. Não chegou a viajar para as batalhas, mas distribuía armas e munição para os soldados.
Aprendeu o ofício de marceneiro, até abrir a sua própria oficina.
- Fazia móveis lindos, trabalhados, com muitos detalhes.
Quando tudo parecia estabilizado, Idelmar teve que fechar a sua oficina. Enfrentou momentos difíceis, como problemas de saúde na família. Mas, para quem acredita que a vida é feita de movimento e atividade, foi a hora de virar o jogo.
- É preciso ter coragem. Lutei e estou aqui, contando as minhas histórias.
Veio para a Capital, já separado, para começar uma nova vida. Irmãos moravam em Porto Alegre e o apoiaram, especialmente nos primeiros momentos. Voltou para o seu ofício de marceneiro, em que permaneceu por mais nove anos, até se aposentar.
Momento de descansar, certo? Não para Idelmar. Sua disposição, alegria, determinação e otimismo revelam que ele valoriza cada instante. Inspirado na longevidade do pai, João de Oliveira Castro, que viveu por 102 anos, sabe que ainda tem muito a aproveitar.
- O homem é superior ao tempo.
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