Em Buenos Aires, foi discutida a Carta de Hamburgo, que recebeu a adesão do jornal O Globo, Folha de S. Paulo e da Associação Nacional de Jornais. Ela discute regras para uso de conteúdo na internet.
Grupos de comunicação discutem direitos autorais dos conteúdos televisivos na internet
Empresas de comunicação brasileiras aderiram aos princípios que pretendem garantir a independência e a qualidade do jornalismo na internet.
A Carta de Hamburgo foi discutida em um seminário em Buenos Aires, onde recebeu a adesão do jornal O Globo, Folha de S. Paulo e da Associação Nacional de Jornais.
O documento já foi assinado por cerca de 200 empresas de comunicação em todo o mundo, que estão preocupadas com a distribuição da receita publicitária na internet.
Sites de busca na internet lucram milhões de dólares divulgando vídeos, fotografias e textos produzidos por jornalistas sem pagar nada por isso. A Declaração de Hamburgo defende a aprovação de leis para que empresas que investiram em jornalismo tenham seus direitos de propriedade intelectual assegurados na internet.
O documento diz que, no longo prazo, a prática de não pagar pelo investimento feito por empresas de comunicação põe em risco a criação de conteúdos de qualidade e o próprio jornalismo.
Afirma que o livre acesso à rede não significa conteúdo de graça e pede a aprovação de leis para proibir a utilização de conteúdo por terceiros sem prévia autorização. Afirma que também na internet deve valer o princípio de que não há democracia sem jornalismo independente.
Florian Nehm, representante de uma editora alemã, adverte que governos e empresas precisam se conscientizar de que a informação de qualidade tem um custo para ser produzida.
Afirma que a internet é o futuro do jornalismo, mas acrescenta que sem uma fonte de financiamento o jornalismo profissional não tem como sobreviver.