Não sou espírita nem sou estudiosa da doutrina, não sou fanática por nenhuma religião ou credo, apenas tenho a minha fé professada numa religião que me foi doada no seio materno, e sob a qual me sinto acolhida e saciada espiritualmente.
Gostaria que as pessoas vissem a religião não como uma tábua de salvação ou um bilhete que abra as portas do céu, mas como um adubo poderoso que nos fortalece e protege contra as ervas daninhas, contra as pragas, contra as intempéries do tempo que maltratam e prejudicam o nosso crescimento. E, sendo assim, que independente do credo ou doutrina escolhidos, os homens soubessem crescer sem sombrear ou sufocar um seu igual. Que aprendessem a unir-se em nome de uma única crença: o amor ao próximo. E que a paz não fosse algo tão utópico, e tão distante do coração do homem.
Gostaria que a Páscoa fosse, para todas as crenças, um momento de renascimento, de vida nova, de amor e de fé. Que os ovos de chocolate simbolizassem apenas a festa da vida, a comunhão entre entes queridos, a presença de Deus em nossas vidas através de um momento de alegria.
Não vejo Chico Xavier como um espírita, mas como uma alma caridosa e plena do amor de Deus. Um exemplo, portanto, de humildade e fé.
Não importa o credo que professemos ou a doutrina que escolhamos para seguir, importa o quanto nos fazemos merecedores do amor de Deus, e quanto somos capazes de compartilhar este amor.
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