Olá senhor Osmar
Certa feita, falei-lhe de minha nostalgia ao lembrar-me dos trens de passageiros.
Eles cortavam o estado, levando e trazendo pessoas queridas ou crianças para a escola.
Assim foi comigo. Morava na estação de Plínio Prado, próximo à Ibitiúva, distrito de Pitangueiras.
Escrevi e gostaria que lesse um acróstico, relevando o TREM DO MEIO DIA.
Num impulso, achei que sua sensibilidade daria azo ao meu sentimento de saudade.
Juntos ao texto,vão meus sinceros votos de prosperidade no ano novo.
Também muita saúde e perseverança para continuar à frente da Melodia, tão preciosa, tão imprescindível!
Meus respeitos
O aço mor dominava o aço linear...
T rilhos, paralelismo em rastros
R angiam felizes por servir o senhor de lastro.
E le, o trem, chegava chiando e despejava
M eninos em flor no cascalho cinza.
D ever cumprido, já sei escrever meu nome.
O estômago denunciando a fome...
M ais um apito e sumia
E ngolindo pedras, pontes, planos
I ntrometido e intimorato, fazia bonito
O nde passava, por anos e anos.
D aquela infância distante,hoje tristonho
'I nda me lembro, emoção renovada,
A dentrando corredores cheios de gente e de sonhos.
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