Esta é a produção mais cara da história do cinema nacional, o que aumenta a polêmica de ser lançado em ano eleitoral. O produtor Luiz Carlos Barreto afirma que se trata de "filme humanista"
Com estratégia de lançamento na Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai no primeiro semestre de 2010, o filme Lula, o filho do Brasil, que estreia nesta sexta em 354 salas do país, está cercado de grandes expectativas. Produtores esperam que, só por aqui, milhões de pessoas vejam a história do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para tanto, parceria inédita foi fechada entre os distribuidores e sindicatos, que agregam cerca de 10 milhões de brasileiros. O acordo permite a sindicalizados comprar os ingressos a preços populares.
O longa-metragem chega às telas cercado de polêmica. Adversários de Lula acusam o filme do clã Barreto de ser peça marqueteira do governo, de olho nas eleições presidenciais de 2010. Alguns o tacham de propaganda explícita com o objetivo de conquistar apoio para a candidatura da ministra Dilma Rousseff na “cola” da popularidade do chefe. O longa foi exibido no festival de cinema de Brasília e no ABC paulista, com a presença do presidente.
RECORDE
Lula, o filho do Brasil é considerado o filme mais caro da história do cinema brasileiro. O longa-metragem foi viabilizado com recursos das empresas AmBev, Camargo Corrêa, CPFL Energia, EBX, GDF Suez, Grendene, Hyundai, Neoenergia, OAS, Odebrecht, Oi e Volkswagen. O produtor Luiz Carlos Barreto declarou que não buscou apoio de leis de incentivo para evitar polêmica. O orçamento somou R$ 12 milhões.