Os indícios de que em breve a democracia no Brasil emitirá o seu último suspiro estão a nossa frente.
Não vê quem não quer. Depois, não adianta lamentar.
A dominação na teoria do Gramsci não ocorre de repente. Como vimos na caçada aos porcos selvagens, vai uma cerca aqui, outra acolá e um belo dia, lá está a vara, irremediavelmente, encurralada. E o pior, por seu livre arbítrio, pois durante o cerco, bastava uma firme reação para evitar a desdita.
E os indícios não faltaram.
Motivações ou argumentos politicamente corretos subverteram a capacidade de reação, e ficou fora de moda criticar. Se os outros não reclamavam, os poucos atentos, esmagados com a subalternidade dos demais, calaram - se para não dar o vexame de ser isoladamente do contra.
Assim, pelas bordas, um pequeno avanço, mais uma inexorável volta no parafuso. Por vezes, um recuo, uma falsa desistência para retornar no futuro com mais ênfase, com maiores pressões, e eis o sítio aos futuros servos.
A instrumentalização de dicotomias promovidas à larga, a criação de reservas, o endeusamento verbal dos índios, a entronização dos quilombolas, a desvalorização dos princípios, o desprezo aos tradicionais heróis, a promoção de falsidades e inverdades que minaram valores, corroeram convicções e abriram o caminho para a aceitação das questões mais esdrúxulas, enfatizaram que os fins justificam os meios.
O lançamento do PNDH3 foi mais um indício gritante de que havia algo de podre no reino da Banânia. Prematuro, foi um pequeno erro de cálculo. Eles foram com sede demais ao pote. Todavia, aprenderam e recuaram, juntaram forças, investiram no convencimento, e agora retornaram ensandecidos, coléricos.
A demagogia do estado forte aos poucos deu lugar ao ESTADO TOTALITÁRIO.
É o Estado na economia, é o Estado paternalista que tudo provê em troca de submissão, sugando através de pesados impostos o nosso ânimo, a nossa aspiração de liberdade e, assim, promovidos a zumbis de uma cúpula de sanguessugas, trocamos a grandeza por vileza, o orgulho por tibieza, pois o desgoverno dá tudo, desde qualquer bolsa, até camisinha, só não dar - nos - á dignidade.
Assim, abdicamos de coisas primordiais, mas que foram transformadas em desnecessárias, e de somenos.
Poderíamos elencar os indícios na direção da dominação. Podemos recordar, porém que a cada dia eles estão mais fortes, mais atrevidos, mais ávidos, e indóceis para assumir totalmente as rédeas de tudo.
O que falta, que ninguém duvide, é o controle da livre imprensa, do pensamento, pois calarão as vozes discordantes, não serão assolados com denúncias, e com a indignada pena de opositores.
Quando atingirem seu objetivo de amordaçar as poucas vozes da razão, terão o domínio total e, por isso, atiram – se de corpo e alma, com todas as forças e com todas as armas para eliminar o seu último obstáculo rumo a nossa servidão.
Na história da humanidade os regimes totalitários, em geral, começaram de mansinho, e somente assumiram a monitoração efetiva, quando tolheram a liberdade da imprensa. Quando ocorre, esvai - se o último bastião dos homens livres.
E, parodiando o trecho famoso (*) da Ordem do Dia, do intrépido Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval, um dos baluartes da história nacional, no Passo da Pátria, em 15 de abril de 1866, declaramos “é fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”.
* “É fácil comandar homens livres; basta mostrar-lhes o caminho do dever".
Valmir Fonseca Azevedo Pereira, Presidente do Ternuma, é General de Divisão Reformado