Acelerador de partículas ficou parado 14 meses para conserto
O gigantesco acelerador de partículas batizado de Grande Colisor de Hádrons (LHC), o maior e mais complexo instrumento científico já construído, voltou a funcionar nesta sexta-feira depois de 14 meses de paralisação, informou o Centro Europeu de Investigação Nuclear (CERN, na sigla em inglês).
Segundo os cientistas, dois feixes de prótons já estão circuladndo em direções opostas dentro do equipamento.
Se tudo correr como planejado, a equipe de cientistas poderá aumentar a energia do colisor durante o final de semana e atingir níveis jamais registrados.
"É formidável ver circular novamente os feixes no LHC", disse o diretor-geral do CERN, Rolf Heuer.
"Mas ainda há uma longa estrada a percorrer, mas este grande passo dado hoje nos coloca no caminho".
Big Bang
O acelerador, cujo custo é estimado em US$8 bilhões, começou a operar em setembro de 2008 na fronteira franco-suíça. Mas o aparelho apresentou um problema de vazamento e teve que ser novamente aquecido para possibilitar o conserto.
O LHC foi projetado para atirar partículas de prótons umas contra as outras quase à velocidade da luz. A liberação maciça de energia causada pelo choque das partículas simularia as condições após a explosão que deu origem ao universo.
de 2008, os engenheiros circularam partículas de prótons dentro de um túnel de 27 quilômetros de circunferência que abriga o LHC.
Após o sucesso dessa primeira parte, o próximo passo será projetar outras partículas na direção oposta para que possam colidir, recriando as condições que existiam no universo imediatamente após o Big Bang.