Claudio Humberto,

Tenho acompanhado seus comentários, diariamente, via Band News, e quero parabenizá-lo pela coerência dos mesmos, independente de cargo, partido, cor, raça, credo, condição social ou profissional. É isso que se espera de um jornalismo sério. Na última sexta feira, dia 18 de novembro, você se referiu à Comissão da Verdade, e como conhecedor profundo da política brasileira e, principalmente, dos bastidores, tem ciência dos interesses escusos por trás dessa iniciativa.

Nenhum militar que tenha vivido o antes, o durante e o depois de 1964 poderia ser contra essa comissão, muito embora seja inconstitucional e por contrariar a Lei da Anistia, mesmo assim somos a favor, pois só então, conforme você mesmo disse, em seu comentário, poderemos saber de que lado está a verdade.

Saberemos quem torturou, mas saberemos também quem seqüestrou, assaltou bancos, destruiu propriedades, matou sentinelas, e com quais intenções.

Mas, infelizmente, essa é a comissão da vingança dos derrotados, que buscam indenizações milionárias e não satisfeitos tentam denegrir a imagem de instituições que passaram 20 anos no poder, sem desviar um mísero centavo, ao contrário de um ex-tudo, que chegou ao Planalto sem emprego e saiu milionário, bem como de um seus filhos, o gênio, que saltou de assalariado à um dos mais ricos fazendeiros do Brasil.

No mesmo dia em que a president(A) assinou o referido decreto, criando a Comissão da Verdade, passou a mão na cabeça de um ministro que tentou desmentir suas declarações, através de outras mentiras... Afinal essa comissão é para apurar mentiras pré definidas e já catalogadas de uma única vertente em datas e prazos estipulados? HOJE A VERDADE E A MENTIRA SE CONFUNDEM E SÃO ACEITAS?  CORRUPÇÃO PASSOU A SER MAL FEITO?

Vamos apoiar os trabalhos dessa Comissão, desde que ela seja formada por pessoas idôneas, sem viés político partidário ( o que será difícil), ou então que os vermelhos escolham  a metade dos membros e os militares a outra metade, e que fique o voto de minerva com o STF.

Parabéns e continue nessa linha de conduta, que todos continuarão a respeitá-lo - alguns com certo temor.