Para uma rede de relacionamentos, o site LinkedIn abriga um público bastante incomum. Seus usuários têm em média 41 anos e renda de US$ 100 mil (R$ 217 mil) entre os 29 milhões de cadastrados, 64% são homens. É nesse público "selecionado" que a rede aposta para atrair faturamento.
Fundado em 2003, LinkedIn tem 29 milhões de usuários com idade média de 41 anos
Ao contrário de outros sites de relacionamento, usados para se conectar com amigos, o LinkedIn serve basicamente para fazer contatos profissionais, conhecer clientes e arranjar ou oferecer emprego.
No lugar de gostos pessoais, o perfil deve ser preenchido com habilidades, qualificações e cargos já ocupados. "Não vamos pedir que as pessoas listem seus filmes favoritos", diz Florencia Pettigrew, diretora de marketing internacional do LinkedIn.
BARREIRAS
O portal tem uma série de restrições para impedir que a plataforma seja usada com outro propósito. Usuários comuns, que não paguem pelo acesso, não podem adicionar outras pessoas ao seu perfil diretamente, a não ser que saibam o e-mail do "alvo". Caso contrário, têm de pedir que um amigo em comum entre eles faça a intermediação.
Como em outras redes, ter uma boa quantidade de "amigos" no site indica boa reputação entre os outros usuários. Entretanto, para evitar qualquer competição, o LinkedIn adota a prática de mostrar no máximo 500 contatos de cada internauta. O que passar disso é omitido.
Mesmo os usuários que pagam pelo serviço os valores variam entre US$ 19,95 e US$ 200 mensais têm um número limitado de convites para mandar. Esse tipo de assinatura é bastante utilizada por "head hunters" (caçadores de talentos), contratados pelas empresas para buscar profissionais para vagas específicas.
"Queremos oferecer um serviço que traga valor profissional, utilidade. É algo para profissionais, não para todo mundo", afirma Pettigrew.
VERBA
Além dessas assinaturas, o site fatura com publicidade, cobrança de uma taxa para que empresas ofereçam vagas de emprego e por um serviço de soluções corporativas que companhias usam para procurar talentos específicos. O portal não revela dados financeiros.
Agora, o LinkedIn se prepara para lançar uma versão em português. A idéia é aumentar sua utilização no país com o maior número de usuários na América Latina: dos cerca de 1 milhão de internautas da região, 48% são brasileiros. Não há uma data específica para o lançamento.
"Apesar de vários deles falarem inglês, achamos que ter uma versão em português é importante para permitir o uso de todas as nossas ferramentas com mais clareza. Sentimos uma melhora nesse sentido quando adotamos o espanhol [em julho deste ano]", afirma a executiva.
Antes do português, o LinkedIn deve ganhar versões em "duas línguas européias", que Pettigrew preferiu não revelar.
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