Os fabricantes de computadores pessoais estão apostando nos ultraportáteis, mais baratos, para compensar possíveis perdas com as vendas de laptops, em razão da desaceleração econômica.
Esses pequenos PCs, conhecidos também como netbooks, já começam a roubar espaço dos laptops comuns. Segundo o instituto Gartner, as vendas de ultraportáteis alavancaram a comercialização mundial de computadores no terceiro trimestre deste ano, fazendo com que o mercado crescesse 15% no período, em relação ao ano passado, com um volume de 80,6 milhões de unidades.
Por enquanto, apenas dois ou três fabricantes de computadores, como a Asustek e a Acer, de Taiwan, devem ter escala suficiente para obter sucesso no segmento. A Acer tomou o primeiro lugar da HP nos mercados de Europa, Oriente Médio e África durante o terceiro trimestre justamente devido à força dos netbooks.
Segundo analista, os fabricantes vão registrar queda nas vendas de laptops, devido aos ultraportáteis. "O mercado ficou bastante sangrento", disse Lillian Tay, analista do Gartner. "A fim de obter sucesso nesse jogo, é preciso volume. As empresas precisam ganhar dinheiro com o volume."
Até um terço das vendas de netbooks refletem a troca dos desktops e laptops pelas novas máquinas, dizem os analistas. A explicação é que compradores precisam de um computador apenas para navegar na internet, verificar e-mails e ver fotos, e não utilizam mais todos os recursos de um computador maior.
Os ultraportáteis são voltados a tarefas básicas e acesso à internet. Eles têm como principais características dimensões reduzidas (como a de um livro), tela que vai de sete a dez polegadas e menos de 2 kg (às vezes não chega a 1 kg) de peso.
Em geral os preços desses aparelhos variam entre US$ 300 e US$ 800 nos EUA, dependendo de fatores como marca e configuração. Modelos com configuração mais robusta podem custar mais.
A preocupação de que a oferta de laptops mais baratos em meio a uma desaceleração da economia mundial só sirva para "canibalizar" as vendas dos computadores tradicionais pode explicar a decisão da maior fabricante mundial de computadores, a HP, de rejeitar esse mercado crescente.
A segunda maior produtora mundial, a Dell, também demonstra pouco entusiasmo por esse mercado, oferecendo uma linha de produtos que alguns analistas consideram limitada.
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