A Amazon ganhou potenciais concorrentes para o seu Kindle, aparelho dedicado à leitura de livros eletrônicos. Os e-books, como são chamados, tentam emplacar no mercado desde a década de 90, sem grande sucesso. Com a popularização da internet e a adoção de sistemas de conexão sem fio, como Wi-Fi e 3G, ganharam uma nova chance.
Leitor txtr, da empresa alemã Wizpac, tem 1 Gbyte de memória interna e cartão microSD
A Amazon não divulga dados sobre vendas, mas a nova geração do Kindle, lançada no mês passado nos EUA, deve chegar à marca de 500 mil unidades neste ano, de acordo com o banco JP Morgan. O Kindle 2 tem como destaque a conexão por sistema 3G.
Na semana passada, a Amazon anunciou que o acesso à sua livraria, para compra de livros digitais, agora pode ser feito também por meio do iPhone e do iPod Touch.
Para isso, é preciso baixar um aplicativo gratuito na App Store, loja virtual de aplicativos da Apple.
Caso o usuário tenha um Kindle, é possível transferir arquivos para os aparelhos fabricados pela empresa de Steve Jobs.
Como o Kindle está disponível apenas nos EUA, fabricantes europeus apostam em seu próprio mercado.
A holandesa Endless Ideas mostrou na Cebit a nova geração de seu leitor digital BeBook, que agora vai ter conexão à internet por 3G e Wi-Fi e tela sensível ao toque.
Será possível comprar livros on-line e baixar textos da internet, como os postados em bogs, por meio de sistema RSS.
O aparelho tem 512 Mbytes de mmória flash a capacidade pode ser estendida para 4 Gbytes, por meio de cartão SD.
Um dos destaques do txtr, apresentado pela alemã Wizpac na Cebit, é a capacidade de armazenamento. O aparelho, que deve chegar ao mercado neste ano, tem 1 Gbyte de memória interna e vem com cartão microSD de 8 Gbytes. Permite conexão por 3G e Wi-Fi e vem com Bluetooth, para ser usado em acessórios de áudio e teclado externo.
Já a chinesa Onyx, que já fabrica esse tipo de produto para a venda por marcas de clientes, deve lançar até o meio do ano um e-book com seu próprio nome. O foco da companhia são os países emergentes, incluindo o Brasil.
"Conhecemos o potencial dos brasileiros para a internet, o consumo de conteúdo, então o país definitivamente está nos nossos planos", afirma Dan Yuting, relações-públicas da companhia. O aparelho pode ter uma tela relativamente maior que a dos concorrentes, com até 9,7 polegadas.
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