Bill Gates se despediu na semana passada da Microsoft e, com ele, o Windows Vista começa sua trajetória em direção ao ocaso. O sistema operacional foi lançado mundialmente e com toda pompa há pouco mais de um ano, mas custa a decolar - basta escutar as reclamações de usuários e observar os resultados comerciais. Tanto que o Windows 7, projetado para substituir o Vista, tem lançamento previsto (e antecipado) já para 2009. Outro indício de que o antes badalado sistema operacional não é o sucesso que se esperava foi o anúncio, esta semana, pela Microsoft Brasil, de que a versão Home Basic do Vista passará a custar R$ 299, ou seja, uma redução de 40% em relação ao seu preço anterior. Por outro lado, a versão XP desde dia 30 parou de ser produzida, embora a Microsoft garanta a atualização até 2014.
A gigante americana convocou a imprensa, em São Paulo, na última terça-feira, para informar a redução do preço do Home Basic do Vista, com a justificativa de que se trata de uma iniciativa para tornar o produto mais acessível a uma parte maior da população. A decisão da Microsoft abrange também a versão final do Home Student do Office 2007, que já teve seu preço diminuído em abril e, apesar das atualizações, permanece custando R$ 199. O Office, por sinal, é outro programa que vem sofrendo séria ameaça ao seu completo domínio de mercado devido ao surgimento do Open Office, versão para a suíte de escritórios criada sobre softwares de códigos abertos.
De acordo com a Diretoria de Marketing da Microsoft, logo depois da redução de preço do Office as vendas do pacote aumentaram em 10 vezes. O objetivo agora, com o Vista, é conseguir algo parecido, de forma a popularizar um pouco mais o sistema. Claro que é uma tentativa válida, mas não deixa de ser também uma demonstração de que, realmente, a aceitação do Vista não é das melhores. Afinal, como diz um dos jargões mais populares do futebol, em time que está ganhando não se mexe. E, se mexer, deve ser sempre para valorizá-lo mais. O que, convenhamos, não é o caso.
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