Pesquisadores da UFMG desenvolvem ferramenta para identificar e caracterizar mensagens indesejadas. Hard users criam estratégias para evitar armadilhas
Na luta contra os spams, as famigeradas mensagens indesejadas que invadem caixas de e-mails e ultimamente se alastram até em redes sociais como Orkut, Twitter e Facebook, todo avanço sempre parece estar aquém da esperteza dos spammers, os não menos famigerados criadores desse mal do ciberespaço. Pelo menos até agora. Ferramenta desenvolvida por pesquisadores da UFMG, a partir de dados coletados pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI) pretende dar uma guinada e mudar as regras dessa infindável disputa em que os perseguidos sempre conseguem burlar os perseguidores, evoluindo e surpreendendo sem parar.
Batizado de Spam Miner, o sistema criado pela equipe dos professores Dorgival Guedes e Wagner Meira Jr., do departamento de ciência de computação da universidade, faz uma caça aos spams, para detectar padrões de comportamento e analisar a evolução dessas mensagens na internet. Usando a estrutura de coleta de dados do CGI, a ferramenta analisou mais de 500 milhões de mensagens, para caracterizá-las e definir padrões de comportamento, além de acompanhar a evolução das chamadas campanhas de spam, acompanhando sua disseminação na rede mundial de computadores.
De acordo com os professores, a análise das mensagens indesejadas permitirá o desenvolvimento de vacinas mais eficazes no combate às ameaças. Muitas vezes os spams se limitam a propagandas não solicitadas, o que é chato. Mas o perigo de verdade está naqueles que, disfarçados de mensagens simpáticas (por vezes românticas) ou anúncios bizarros, espalham vulnerabilidades, com links que instalam malwares ou roubam dados. %u201CA ideia é, mais do que detectar o spam na ponta, entender as causas e antecipar os efeitos desse fenômeno%u201D, explica Meira Jr.
Enquanto o projeto, que conta com técnicas de mineração de dados para enfrentar a disseminação viral dos spams, entra na fase de análise dos padrões comportamentais das mensagens, os hard users (aqueles que passam o dia inteiro diante do computador) já desenvolvem suas próprias estratégias para não cair nas esparrelas virtuais. O Informátic@ conversou com alguns desses usuários escolados que já sabem como se virar quando se deparam com um spam ávido por contaminar o computador. As dicas são simples, para sobreviver entre mensagens disfarçadas em missivas de amor ou propagandas que garantem pílulas azuis milagrosas.
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