Impactos das novas ferramentas da internet na publicidade são temas de debate neste sábado
O que as pessoas falam é ouvido, lido e visto por milhares de outros. Tudo isso junto forma a imagem de uma empresa, serviço ou produto
&ldquoVocê pega tudo que tinha antes, sacode, joga para cima e deixa de cabeça para baixo.&rdquo É assim que o diretor de arte Alexandre Estanislau Silva define o impacto das redes sociais na comunicação contemporânea. Ele, que marca presença no Orkut, Twitter, LinkedIn, Youtube e Blogspot, vai encabeçar a discussão sobre o assunto na manhã de sábado, no Estação Pátio Savassi, em Belo Horizonte. O debate encerra o ciclo deste mês, que teve internet, mobilidade e conectividade como temas principais &ndash o debate, contudo, continua no site da Estação do Saber, em fóruns destinados ao tema.
Estanislau chama a atenção, fundamentalmente, para a mudança de nomenclatura que pode ser bastante significativa para as empresas: &ldquoAntes eram redes sociais, hoje é mais comum falarmos em mídias sociais. E só é mídia porque alguém teve a ideia de vender aquele espaço&rdquo. Com isso, o uso responsável das novas ferramentas caiu na pauta diária das agências de publicidade e das empresas que estão antenadas neste movimento.
Para ele, a internet não pode e nunca deveria ser tratada como mídia de massa: &ldquoEstaríamos destruindo a maior das conquistas, que é a segmentação permitida pelo banco de dados&rdquo. Segundo ele, durante muito tempo a comunicação tratou os clientes como números. &ldquoAgora estes números têm nome, uma cara, e o que as pessoas falam é ouvido, lido e visto por milhares de outros. Tudo isso junto forma a imagem de uma empresa, serviço ou produto&rdquo, define. O publicitário acredita que não há meio-termo: &ldquoOu as empresas passam a encarar esse problema e assumem uma postura diante disso tudo, ou não terão mais lugar&rdquo.
Hoje as pessoas questionam, ninguém mais consome nada sem antes perguntar aos outros, de acordo com Estanislau. &ldquoAquela velha regra do boca-a-boca funciona que é uma beleza, e a internet só deu um superempurrão nisso, ampliando, amplificando e maximizando o impacto disso, quando coloca tudo em uma simples pesquisa do Google ou outro buscador que tenta dominar o mundo&rdquo, acredita.
O uso de ferramentas novas em ações de comunicação encontra o preconceito naturalmente encarado por qualquer novidade. Estanislau exemplifica com o comentário crítico de uma pessoa, no site da Bolt, agência em que trabalha, descascando o Twitter. &ldquoEla dizia que o Twitter era ridículo, brincadeira de bando de imbecis, ferramenta inútil, fútil e coisa patética.&rdquo A palestra de sábado, segundo Estanislau, é resposta a quem pensa assim.
&ldquoVamos mostrar que uma ideia simples que parece brincadeira de nerds pode ser tão útil que um dia esta pessoa possa se perguntar como ela viveu até ali sem aquilo antes. Todas as melhores campanhas, as melhores ideias e os melhore produtos são simples e o simples é o mais dificil de obter&rdquo, diz. Conhecer bem as ferramentas é um bom começo, de acordo com ele.
O diretor de arte se lembra do tempo em que as pessoas reclamavam da frieza de se relacionar por meio de uma tela de computador ligado à internet. Hoje, é caminho sem volta: &ldquoAs pessoas por trás das empresas precisam aprender a lidar com isso, é muito novo, mas é simples e muitos problemas poderiam ser resolvidos. Só é preciso saber usar as ferramentas corretamente. É tirar proveito dos recursos disponíveis, olhando para eles de maneiras diferentes&rdquo.
Estação Pátio Savassi &ndash As redes sociais
Debate com o designer e diretor de criação 
Alexandre Estanislau Silva
No anfiteatro (L2) do Pátio Savassi 
(Av. do Contorno, 6.061 &ndash Savassi)
Entrada gratuita
www.estacaodosaber.art.br