Um estudo conduzido pela Harvard Business School analisa o tráfego e perfil dos internautas e, segundo uma publicação norte-americana, indica que o Twitter é uma mídia de difusão de informações, tal como o rádio e a televisão, e não de conversação --como as demais redes sociais.
Divulgada nesta quinta-feira (4), a pesquisa foi realizada em um universo de 300 mil usuários do serviço de microblogs, cujas mensagens não ultrapassam os 140 caracteres, durante o mês de maio. A média dessas mensagens --ou "tweets"-- por usuário é uma, o que significa que metade deles escreve uma vez a cada 74 dias.
Por outro lado, 10% dos usuários pesquisados são responsáveis por 90% de todas as mensagens do site. "Se isso não é difusão [tal como emissoras de rádio e televisão], não sei o que é", diz o colunista David Coursey, da revista "PC World". "O Twitter seria melhor servido caso metade dos usuários fosse responsável pelo mesmo número de mensagens."
Outro número indicado é o de que 80% dos usuários "são seguidos" ou "seguem" ao menos um usuário. Por comparação, um número entre 60% e 65% de usuários de outras redes sociais têm ao menos um amigo.
Isso sugere, de acordo com o estudo, que os atuais usuários do Twitter (diferentemente das outras mídias sociais usadas) têm conhecimento sobre como o microblog funciona.
Guerra dos sexos
Embora a pesquisa indique que homens e mulheres são em número proporcional de usuários, os homens têm 15% mais seguidores do que as mulheres. Os homens também tem relacionamentos mais recíprocos, ou seja, é comum que dois usuários do sexo masculino sigam um ao outro, mutuamente.
"Isto é intrigante, especialmente quando se observa que as mulheres são maioria no Twitter: encontramos 45% de usuários homens, enquanto elas representam 55%", dizem os pesquisadores, que afirmam chegar a este número por meio de nomes reais em uma base de dados contendo 40 mil nomes.
O estudo aponta ainda que as mulheres são 25% mais propensas a seguir um homem do que uma mulher. Já os usuários do sexo masculino são 40% mais voltados a seguir outro homem do que uma integrante do sexo feminino.
Os pesquisadores afirmam que o resultado é curioso, porque "em uma rede social típica, a maioria das atividades têm enfoque sobre as mulheres --os homens apenas seguem o conteúdo produzido por mulheres sem saber, enquanto mulheres seguem o mesmo conteúdo sabendo que foram produzidos pelo sexo feminino".