Representantes da União Europeia criticaram a proposta da Microsoft de não associar o Internet Explorer ao Windows 7 nas vendas da região e afirmaram que a empresa vai proporcionar menos opções de escolha, e não mais.
A Microsoft anunciou nesta quinta-feira que vai vender o novo sistema operacional Windows 7 na Europa sem o navegador Internet Explorer instalado, para responder a críticas das autoridades europeias.
A empresa tenta evitar o estabelecimento de novas multas pela Comissão. Entretanto, a instituição afirma preferir que a Microsoft ofereça mais opções de browser, e não "que o Windows venha em qualquer navegador".
"Em vez de oferecer mais opções de escolha, a Microsoft parecer ter escolhido proporcionar menos opções", afirma a Comissão, em nota.
O Internet Explorer é um navegador de internet de licença proprietária lançado inicialmente pela Microsoft em 1995, sendo o mais usado atualmente. O navegador é incluído no Windows.
O processo na Comissão foi aberto depois de uma ação impetrada pelos desenvolvedores do navegador Opera. Na visão da Comissão Europeia, a Microsoft desequilibra o mercado dos navegadores de internet ao fazer essa associação, que 'debilita a inovação' e "reduz a capacidade de escolha do consumidor".
Segundo o órgão, a associação entre os dois produtos oferece ao navegador uma vantagem de distribuição sobre seus concorrentes e contribui para que o Internet Explorer esteja presente em 90% dos computadores pessoais do mundo.
Aderiram ao processo, como 'partes interessadas', empresas como Google, a Fundação Mozilla --desenvolvedora do Firefox-- e o Comitê Europeu para Sistemas Interoperacionais (Ecis, na sigla em inglês), que tem Adobe, IBM, Oracle e Sun Microsystems entre seus membros. Com isso, eles têm acesso a arquivos do caso podem e fazer comentários sobre o assunto.