Classe B representa 33% dos que moram sozinhos no estado de São Paulo
Se alguns segmentos da economia despertaram para o lucro que a “solteirice” representa, outros, como o do lazer, parecem ainda não dar importância para esse nicho de mercado.
Segundo estimativa do Ipsos, o estado de São Paulo tem em torno de 4 milhões de pessoas que vivem sozinhas.
Com relação à classe econômica, 10% são da classe A, 33% são da classe B, 44% são C e 13%, D e E.
O estudo feito pelo instituto mostra ainda que a maioria dos sozinhos – 89% – ouvem música como forma de lazer. Assistir filmes em DVD é a opção de 70% dos entrevistados. E as compras vêm em terceiro, com 54% da preferência.
“Sobrou para nós as compras. O que eu mais gosto de fazer é vir a The Original”, diz a empresária Camila Sant´Anna, sozinha há 3 anos.
Ela afirma que os empresários da noite ainda não se atentaram que é esse o público que senta e consome. “Mas não dá mais para enfrentar baladinhas.”
Camila, que já morou em São Paulo, sente falta de opções como o Masp ou a praça Benedito Calixto, que mantêm feirinhas de antiguidades.
“Também consumimos quando vamos a esses ambientes, mas é um programa que agrega informação e cultura.”
As poucas opções de flats e lofts no Interior não são por descuido ou desatenção do setor da construção civil, afirma o arquiteto Fabiano Hayasaki. Pesquisa de mercado constatou que, mesmo morando sozinho, o interiorano prefere casas.
“A oferta de casas espaçosas e baratas é grande. Ainda não há demanda para lofts.”