15 de agosto é o Dia do Solteiro. Uma data aparentemente sem muita importância e repercussão no calendário comercial, se não fossem os dados curiosos divulgados sobre essa parcela da população que está em constante crescimento. Segundo dados do IBGE, existem quase 74 milhões de pessoas solteiras com mais de 18 anos no país. O número é equivalente a 30% da população total do Brasil.
Para analisar mais dados sobre este mercado, o Instituto Ipsos/Marplan/EGM realizou uma pesquisa, entre abril de 2007 e junho de 2008, em busca do número de solteiros em cada cidade brasileira. No estudo, Belo Horizonte (MG) ocupa o terceiro lugar no ranking, com 40% da população solteira, atrás apenas de Salvador e Brasília.
Os motivos para esses números são vários: opção pessoal, divórcio, mudança para uma capital em busca de estudo ou trabalho, entre outros. O estudo aponta ainda que há três tipos de solteiros: o temporário, o transitório e o definitivo. O primeiro faz referência às pessoas jovens que ainda não se casaram ou que adiaram o matrimônio em função do estudo ou do trabalho, e que não moram com os pais. O transitório se refere à pessoa que se separou e que está morando sozinho por opção, ou até que encontre outro companheiro. E o último caso, o definitivo, que faz menção às pessoas que não pretendem se casar, ou não querem se unir novamente e desejam morar sozinhos, pois prezam sua independência.
O grupo de solteiros, formado por pessoas que ganham, em média, dez salários mínimos, movimenta a economia e possibilita o crescimento de cerca de 6% do mercado de produtos para solteiros no país. Em busca de praticidade e agilidade, esse público é responsável por 40% do consumo de produtos embalados individualmente, e preferem fazer compras em um único lugar, que ofereça produtos de diferentes segmentos.
O crescimento desse público na capital mineira motivou a professora de culinária e personal chef, Cida Gomes, a elaborar cursos voltados para os solteiros no Atelier Culinário que leva seu nome na capital mineira (Rua do Ouro, 696 - Serra). Segundo ela, como a maioria dos solteiros não tem nenhuma habilidade na cozinha, os cursos têm uma procura significativa, já que um grande número de pessoas se encaixa neste perfil atualmente.
Além do preparo de pratos, os solteiros aprendem no Atelier a comprar, higienizar, armazenar e reaproveitar os alimentos. “Nossos cursos, voltados para esse segmento, ensina receitas práticas e simples, para que as pessoas possam optar por pratos diferentes ao fazer um jantar em casa ou para os amigos e fugir do tradicional macarrão ou misto quente”, destaca Cida, que tem na programação do Atelier cursos como “Eu moro sozinho” e “Cozinha de A a Z”.