O nosso país, ao longo dos seus 509 anos de achamento por parte dos portugueses, tem sido um permanente construtor de capitais, segundo os ditames do planejamento urbanístico. Eis aqui, todas elas, por ordem cronológica:
1ª) Em 1852, houve a transferência – para um sítio – dos habitantes da vizinha e antiga Vila Nova de Poti, recebendo, então, a nova capital o nome de Teresina, em homenagem à Imperatriz Teresa Cristina. Até então, a capital do Piauí era Oeiras (Ex-Môcha, fundada em 1762);
2ª) Aracaju, a bela e acolhedora capital de Sergipe foi fundada em 1855. Antes a capital era São Cristóvão. Três anos após a fundação, recebia aquela cidade o seu plano urbanístico elaborado pelo engenheiro José Basílio Pirro;
3ª) Belo Horizonte (ex-Cidade de Minas), capital de Minas Gerais foi inaugurada em 12 de dezembro de 1897, tendo sido o seu plano urbanístico elaborado por uma comissão técnica. Antes, a capital era Ouro Preto (Ex-Vila Rica, fundada em 1698);
4ª) O decreto da transferência da Capital de Goiás foi assinado, em 1932, pelo então interventor Pedro Ludovico Teixeira (1891-1979). Antes a capital era Vila Boa, atual Cidade de Goiás. O projeto coube ao urbanista Atílio Correia Lima. Contudo, a inauguração oficial da Capital só ocorreu dez anos depois do decreto da transferência da Capital, embora Goiânia já fosse sede do Governo Estadual desde 1937;
5ª) Enfim, Brasília, Capital Federal, obra do arquiteto Oscar Niemeyer concretizada na gestão do Presidente Juscelino Kubitschek (1902-1976). Inaugurada em 21 de abril de 1960. Foi a capital brasileira mais aguardada pela população brasileira e precedida do maior número de expedições exploratórias quanto à sua localização.
Uma curiosidade: Já que me refiro, no titulo, ao continente sul-americano seria bom lembrar que a cidade de La Plata (Argentina) que fica a 53 km de Buenos Aires foi construída em 1882 para nela ser instalada a Capital Federal, mas não houve a esperada transferência. A Capital daquele país continuou sendo Buenos Aires, uma inflação de beleza urbana!
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