Estadão:
Descaracterizar o que ocorreu no dia 28 da definição de golpe de Estado tem sido um dos mais perceptíveis esforços do governo de facto de Honduras, liderado por Roberto Micheletti. Para uma imensa parcela dos quase 8 milhões de hondurenhos, no entanto, o rótulo do movimento que depôs o presidente Manuel Zelaya pouco importa.
“Se o preço da nossa liberdade é sofrer com o isolamento internacional e a escassez de dinheiro pela suspensão da ajuda externa, estamos dispostos a pagar”, disse ao Estado o estudante de Engenharia Carlos Vargas, durante uma grande manifestação realizada na quarta-feira por partidários de Micheletti na capital do país, Tegucigalpa. “Se quiserem chamar de golpe, não será problema, desde que mantenham Zelaya longe da Casa de Governo.”
Comento:
Por uma estranha razão a imprensa brasileira estava silenciando para o fato de Zelaya não ter apoio popular para o golpe que estava armando; tanto que foram encontradas evidências de fraude nas urnas preparadas na Venezuela e que seriam usadas em sua “consulta popular”. Ainda falta muito para a imprensa reconhecer que a única irregularidade que os poderes de Honduras cometeram foi ter soltado o ex-presidente, que deveria estar respondendo na justiça por traição e outros crimes.
Alô população da Venezuela! Alô Forças Armadas! É possível dar um basta à tirania! Re-estabeleçam a liberdade em seu país, não é possível progresso social sem democracia.