O prêmio Nobel de Física de 2009 foi concedido a três cientistas por seus estudos na área de tecnologia de fibra óptica e a invenção do sensor de imagem digital.
Charles Kao, que nasceu em Xangai e é cidadão britânico e americano, ficará com metade do prêmio de US$ 1,4 milhão, dado pela Academia Real de Ciências da Suécia. A outra metade será dividida por Willard Boyle e George Smith, dos Estados Unidos.
De acordo com a academia, a descoberta de Kao, feita na década de 60, ainda na Grã-Bretanha, permitiu que os pesquisadores levassem as fibras ópticas a um novo nível - permitiu que a luz fosse transmitida por distâncias bem maiores do que era possível anteriormente.
Atualmente, as fibras ópticas formam a base da tecnologia de comunicação. Os cabos da espessura de um fio de cabelo transmitem dados em alta velocidade pelo mundo todo.
O sistema de telefonia funciona com esta tecnologia e a internet banda larga de alta velocidade não seria possível sem o uso das fibras ópticas.
Fotografia digital
Boyle e Smith, do laboratório Bell em Murray Hill, no Estado americano de Nova Jérsei, fazem parte de um grupo que inventou o primeiro sensor digital, o sensor CCD (Charge-Coupled Device), hoje uma uma peça-chave em todas as câmeras digitais.
O Nobel de Medicina deste ano foi anunciado na segunda-feira e os vencedores foram três cientistas americanos que descobriram uma enzima que ajuda o cromossomo a proteger o código genético.
Elizabeth H. Blackburn, Carol W. Greider e Jack W. Szostak “resolveram um importante problema na biologia” ao definir como os cromossomos podem ser copiados de forma completa durante a divisão celular e protegidos da degradação, segundo o instituto Karolinska.
As pesquisas ajudaram a entender melhor o envelhecimento humano e o desenvolvimento de cânceres e das células-tronco.