Estudo mostra ainda que elas tendem mais a se envolver com venda de drogas
Um estudo americano apresentado nesta segunda-feira (19) diz que meninos e meninas com desordem de atenção ou hiperativas têm mais chances do que as outras crianças de participarem de atividades criminosas quando envelhecerem.
(Foto por Getty Images)
Para chegar a essa conclusão foram ouvidos dez mil adolescentes que na fase adulta participaram de avaliações. Os responsáveis pelo estudo perceberam que entre os hiperativos a chance era duas vezes de cometer roubo e 50% maior de se envolver com venda de drogas.
O site Hetah Day publicou a opinião de Jason Fletcher, professor adjunto da Escola de Saúde Pública de Yale, a partir de um comunicado à imprensa. Ele diz que “mesmo que algumas pesquisas mostrem conseqüência em curto prazo sobre a hiperatividade, essa nova amostra revela resultados importantes em longo prazo.
Foi estimado que os crimes cometidos por pessoas com hiperatividade custam aos Estados Unidos de US$ 2 a 4 bilhões por ano (R$ 3,4 a 6,8 bilhões).
Fletcher e seus colegas planejam investigar se os tratamentos com medicamentos reduzem as atividades ilícitas associadas com a desordem na idade adulta. Os pesquisadores também pretendem estudar as associações entre os sintomas da hiperatividade na infância e as condições de emprego e salário na vida adulta.
No país, a desordem de atenção e a hiperatividade atingem de 2 a 10% das crianças em idade escolar e é muito mais comum em homens ou em pessoas que já têm algum caso identificado em familiares.