SÃO PAULO - O e-commerce brasileiro teve um desempenho acima do esperado em 2010. O faturamento do setor apresentou um crescimento nominal de 40% alcançando R$ 14,8 bilhões frente aos R$ 10,6 bilhões em 2009.
O balanço divulgado hoje no 23º relatório WebShoppers, elaborado pela e-bit com o apoio da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net), superou a previsão da consultoria que havia estimado um faturamento de R$ 14,5 bilhões para o setor em 2010.
O resultado é atribuído principalmente às vendas na Copa do Mundo e à entrada de pequenos e médios fornecedores novos no mercado, assim como à consolidação de grandes grupos de varejo e ao aumento da renda do consumidor.
O tíquete médio do ano foi de R$ 373 – alta de 11% em relação a 2009 quando o valor médio das compras online foi de R$ 335.
Em todo o ano passado foram feitos mais de 40 milhões de pedidos no varejo online por cerca de 23 milhões de consumidores.
Entre as categorias que mais se destacaram nas vendas via internet em 2010 o setor de Eletrodomésticos estreou no topo do ranking do e-commerce brasileiro com expansão de 14% em relação a 2009. Na sequência estão Livros, Revistas e Assinaturas de jornais, com crescimento de 12% no período, Saúde, Beleza e Medicamentos também com 12% de alta, Informática e Eletrônicos com 11% e 7% e crescimento, respectivamente.
“O e-commerce passa por um período de maturação. Isso se deve à grande aceitação do comércio eletrônico entre os brasileiros, que estão comprando produtos de maior valor agregado como eletrodomésticos, itens informática, eletrônicos e telefonia – mais especificamente notebooks, desktops e televisores”, afirma o diretor-geral da e-bit Pedro Guasti.
Para 2011, a consultoria espera que o e-commerce mantenha o ritmo de crescimento e feche o ano com faturamento de R$ 20 bilhões – avanço de 30% em relação a 2010.
Segundo Guasti, o Brasil é a locomotiva que puxa o avanço do e-commerce na América Latina. “O Brasil é responsável por 60% do faturamento do comércio eletrônico na região”, destaca.