Monopólio privado da mídia é o único beneficiado
Tanto as outorgas quanto as renovações de outorgas de concessões de rádio e TV são feitas praticamente no escuro, longe dos olhos da população e desrespeitando o interesse público, princípio absoluto e que deveria ser seguido no ato da concessão ou renovação. Por outro lado, apenas interesses políticos e econômicos de alguns empresários da mídia são os que prevalecem do início ao fim do processo.
E isso é o que acontece com grupos políticos, religiosos e famílias que mandam e desmandam na mídia do país: Marinho (Globo), Saad (Bandeirantes), bispo Edir Macedo/Igreja Universal (Record), Abravanel/Silvio Santos (SBT) e Civita (Editora Abril)que controlam seus canais de TV e de rádio como se fossem propriedades particulares e concentram um imenso poder em suas mãos por conta do uso político e ideológico que todos fazem desses meios de comunicação.
Como se percebe, as concessões públicas de rádio e TV no Brasil sustentam uma poderosa "máfia" privada de mídia, em que apenas cinco grandes redes de televisão (Globo, SBT, Record, Band e Rede TV!) e suas afiliadas em todo o país concentram a maior parte do conteúdo a que milhões de brasileiros têm acesso diariamente. Esse é o sistema que ainda impera na comunicação brasileira graças a uma legislação anacrônica e desbotada pelo tempo, e que permite um modelo de concessões de radiodifusão desigual e injusto.