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Armas nucleares: por quê eles podem?
JB, quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
Armas nucleares: por quê eles podem?

Hoje fica cada vez mais claro o erro de FHC ao ter assinado o Tratado de Não-Proliferação Nuclear de Tlatellolco, prejudicando de fato a soberania brasileira. Basta ver-se o tratamento atualmente dado à Índia pelos Estados Unidos e os oponentes respeitáveis em que se tornaram o Irã e a Coréia do Norte...


Aos Estados Unidos não interessam que outros países disponham de armas nucleares. Não pela manutenção da paz mundial, mas porque se as principais nações do planeta as detiverem, a sua força militar e hegemonia global serão anuladas pelo simples motivo de que não se invadem países que possuem armas nucleares. Os riscos são enormes para ambos os lados.


E se não é possível invadir, atacar e vencer, para que serve a sua potência militar? Seria o caos para sua indústria bélica e sua política imperial arrogante.


A desgraça do Iraque foi justamente não possuí-las. Caso contrário, jamais teriam sido invadidos pelos EUA e aliados; e a prova é evidente:


* O Paquistão é um centro formador e distribuidor de terroristas islâmicos para o mundo todo; Bin Laden pode estar lá; e por quê os USA não o invadem? E nem à Coréia do Norte?


É simples: Ambos dispõem de artefatos nucleares. (estamos em 2007!)


Mas os EUA invadiram o Afeganistão ao lado, sabidamente desarmado e indefeso.


Hoje, nove países detêm declaradamente armamentos nucleares. Se o Irã tornar-se oficialmente o décimo país, abrirá um precedente às potências medianas (cerca de 25 países), e entre elas o Brasil. Que já iria detonar ogivas nucleares na década de 1980, na Base Militar da Serra do Cachimbo-PA, caso não tivéssemos sido sabotados pela incompetência útil de Sarney e depois por Collor e FHC, em possível troca por benesses pessoais junto aos EUA.


Lula, ao assumir em 2002, possuía uma visão favorável à posse desses armamentos pelo Brasil.


Nossos militares estavam e estão certos em sua visão voltada à soberania nacional. Basta olharmos o tamanho territorial e as riquezas do Brasil para entendermos essa preocupação. Países naturalmente ricos e desarmados como o nosso apenas administram suas riquezas temporariamente para o desfrute futuro pelas potências dominantes.


E se nossos militares não tivessem sido impedidos pelos últimos presidentes-agentes pró EUA, hoje já estaríamos assentados no Conselho de Segurança da ONU de larga data; como o fará a Índia. E nem estaríamos sendo forçados hoje a gastar muito dinheiro em nosso rearmamento para fazer frente à atual e crescente ameaça militar venezuelana, por exemplo.


A arma nuclear em suas diversas versões e vetores, no caso do Brasil, eliminaria a necessidade de grandes gastos em equipamentos militares convencionais; sendo necessário apenas que se mantivessem núcleos de excelência nas FFAA, dotando-os todos com equipamentos de última geração, tais como aviões de caça, radares, mísseis e armamento individual, além do treinamento intensivo e da elevação dos padrões de remuneração geral e profissionalização das tropas.


O desarmamento nuclear total é o ideal para o mundo, mas se realmente todos se desarmarem. Em permanecendo países renitentes e que se privilegiam, os demais ficam na realidade indefesos e com soberania do tipo para inglês ver.


Se os principais paises estiverem armados com artefatos nucleares, todos se igualam, e os EUA passarão a ser apenas mais um. Nasceria, então, uma nova ONU, composta por países com real soberania e, portanto, com posições mais firmes pela paz mundial.


Possuir armamentos nucleares, bem como forças armadas fortes e bem equipadas, garantem a paz e elevam a imagem de qualquer país no cenário internacional. Aumentando o respeito para com a nação, a auto-estima de seu povo e ampliando as possibilidades em mesas de negociações.


Não há ilusões: só a força das armas mantém a paz e o respeito real entre as nações. Ainda mais atualmente, quando as forças armadas dos EUA não são mais, há muito tempo, voltadas à guarda de suas fronteiras e sua preservação territorial, como as da maioria dos países; mas sendo concebidas para invadir outras nações, esmagar suas soberanias em função dos interesses norte-americanos, da manutenção de sua hegemonia como potência global e na conquista de recursos naturais que os sustentem.


A ameaça por parte de grupos e Estados terroristas infelizmente sempre existirá. E como sempre, caberá às nações detentoras do poder nuclear a manutenção da segurança quanto ao acesso indevido a esses recursos.


Mas, infelizmente, a maioria dos políticos brasileiros não tem nível e nem instrução sobre tão importante tema e de outros assuntos estratégicos ao Brasil. E muito menos a nossa população, alienada de forma proposital por novelas e programas de TV abaixo de qualquer crítica.


De onde desapareceram há tempos e de forma intencional os documentários de interesse público e os que apresentavam as ações e diversos serviços prestados à Nação pelos diferentes setores das forças armadas brasileiras, destacando a sua visão pró-soberania do Brasil.


Um erro que os países desenvolvidos nunca cometeram.


 

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