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LifeSiteNews.com) — A banda de punk rock russa “Pussy Riot”, que no momento está sendo julgada por profanar a Catedral de Cristo o Salvador de Moscou, está sendo elevada pelas elites e mídia ocidentais à condição de símbolo de direitos humanos.
A revista esquerdista Time descreve o julgamento como “Um Tribunal Ridículo Lança Caça às Bruxas”, enquanto o jornal Guardian da Inglaterra cita apoiadores que compararam Nadezhda Tolokonnikova, líder da banda, a Simone de Beauvoir. O governo de Obama diz que está “profundamente preocupado” com o que chama de uma “perseguição politicamente motivada”, e a Anistia Internacional, uma organização pró-aborto de direitos humanos, afirma que o trio são “prisioneiras de consciência”. Madonna Ciccone e outras celebridades e estrelas pop dos EUA caracterizaram as jovens de “heroínas” e estão exigindo a soltura delas.
Contudo, essas mesmas fontes estão dando uma versão muito truncada do que o trio de moças realmente fez quando entraram na igreja mais venerada da Rússia, pelo que as integrantes da banda afirmaram foi meramente um protesto político contra o governo de Vladimir Putin, presidente da Rússia.
As três mulheres, todas na faixa dos vinte anos, estão sendo processadas por invadirem o espaço mais sagrado da catedral, o santuário que contém o altar, onde dançaram dando pontapés no ar, cantaram uma música carregada de palavrões e adorando a Deus de forma debochada. Um vídeo das palhaçadas delas, com uma tradução da letra em inglês, está
aqui (aviso: conteúdo ofensivo).
Os relatos da mídia ocidental tipicamente citam apenas uma frase da música que o trio cantou, “Santa Maria, virgem, expulse Putin”, dando a impressão de que a música nada mais era do que um protesto contra o líder russo. Contudo, uma tradução em inglês das letras todas obtidas por LifeSiteNews.com indica que as moças tinham em mente muito mais do que apenas políticas eleitorais.
Pussy Riot: palavrões e sacrilégio em catedral da Rússia
Além de zombarem da adoração dos ortodoxos, as moças ridicularizaram as “vestes pretas e ombreiras douradas” do clero ortodoxo, e zombaram dos paroquianos que se ajoelhavam no chão. Elas então deram uma alfinetada na defesa que a Igreja Ortodoxa faz da moralidade pública, declarando: “O fantasma da liberdade está no céu, o orgulho gay foi enviado para a Sibéria em cadeias”.
“O diretor da KGB é seu santo chefe”, continuam as moças, em referência à posição de Putin no passado sob o regime soviético.
Elas então cantam uma estrofe associando o sagrado com fezes, depois uma estrofe opondo-se ao que elas enxergam como apoio de líderes ortodoxos ao governo de Putin, então outra declarando: “Patriarca Gundyaev crê em Putin”, acrescentando “Putas, é melhor crerem em Deus”.
A verdade pouco conhecida dos “protestos” obscenos de Pussy Riot
Outro aspecto do caso que a mídia ocidental tem deixado praticamente de fora de suas reportagens é a ligação de Pussy Riot e suas integrantes com exibições obscenas planejadas para provocar insulto e indignação moral.
Em 2008, as integrantes da banda entraram no Museu de Biologia de Moscou a fim de se engajarem num protesto de “rito de fertilidade” contra a eleição de Dmitry Medvedev como o presidente da Rússia. Nadezhda Tolokonnikova, integrante de Pussy Riot, e seu marido tiraram as próprias roupas e fizeram sexo diante de todo o público que estava no museu, enquanto outros tiravam fotos do incidente e as postaram na internet.
Maria Alekhina, outra integrante, divulgou um vídeo da banda em que ela entra num supermercado e se masturba usando a pata de uma galinha, de acordo com um artigo atipicamente franco da Associated Press. Em outro sensacionalismo recente, a banda pendurou o desenho de um pênis imenso numa ponte levadiça de São Petersburgo, a AP relata no mesmo artigo.
As recentes manifestações da banda com provocações planejadas contra as sensibilidades religiosas e morais dos russos criaram acerca da banda na Rússia uma impressão que difere dramaticamente da retratação favorável produzida para os consumidores ocidentais.
Enquanto as estrelas da cultura pop e as elites midiáticas dos EUA andam fazendo bajulações pelo trio na prisão, os astros russos estão com nojo de se associarem com a causa delas, inclusive as duas maiores estrelas do rock na Rússia, Zemfira e Mumiy Troll. Alguns, como a famosa cantora Elena Vaenga, chegaram a denunciá-las publicamente, declarando: “Eu pessoalmente farei um brinde à saúde do juiz que sentenciá-las a algum tempo de cadeia”.
Até mesmo o simpático jornalista russo Michael Idov admite num artigo recente para o jornal esquerdista New York Times que “na cidade natal delas, as opiniões sobre Pussy Riot são, na melhor das hipóteses, mistas. Até mesmos a reação dos esquerdistas tem envolvido linguagem como ‘Deviam soltar essas galinhas, mas não sem uma chinelada no traseiro’”.
Perseguição religiosa de esquerdistas russos?
Alexander Shchipkov, presidente do Clube dos Jornalistas Cristãos Ortodoxos, ao qual a Voz da Rússia caracteriza como “um proeminente blogueiro que teve de pagar um alto preço por suas convicções religiosas nos tempos soviéticos”, acha que o “protesto” da banda na catedral foi “um ato terrorista frio e desumano”.
“As pessoas que estão defendendo Pussy Riot querem que a Igreja Ortodoxa adote um sistema secular de valores — relativismo moral, ecumenismo, ideias politicamente corretas e outras normas de uma sociedade de consumo. A Igreja Ortodoxa jamais concordará com esse tipo de ‘Reforma secular’”, acrescentou Shchipkov, de acordo com a Voz da Rússia.
O Dr. Igor Beloborodov, diretor do Instituto de Pesquisa Demográfica da Rússia, disse para LifeSiteNews numa entrevista por email que Pussy Riot tem “repetidamente insultado os sentimentos dos cristãos” na Rússia, e está ativamente engajada na promoção de uma agenda antifamília e anticristã.
“Poucas pessoas sabem que as ações agressivas delas ocorreram sob slogans dos grupos LGBT”, escreveu Beloborodov. “Elas têm declarado frequentemente em seus comentários que essas ações são dirigidas não apenas contra a Igreja Ortodoxa e contra os cristãos ortodoxos, mas também em solidariedade às minorias sexuais, que na opinião delas, não têm o apoio das autoridades russas”.
“Elas escolheram a Igreja Ortodoxa como alvo de ataque, pois os padres ortodoxos estão ativamente apoiando a família tradicional e dizendo a verdade sobre a homossexualidade”, continuou ele. “Obviamente, na propagação da ‘cultura da morte’ essa banda e todas as ações de suas integrantes são um projeto social muito bem planejado para desacreditar a Igreja Ortodoxa e a destruição da família natural”.
“É por isso que hoje os grupos anticristãos de pressão política estão fazendo gastos enormes a fim de apresentar essa banda como ‘mártires’. Aliás, estamos lidando com perigosas ‘terroristas’ que estão lutando contra a moralidade, contra a sociedade, contra as igrejas e contra nossos filhos”, acrescentou ele.