A Drª Anabela M. Guimarães será porventura conhecida da maioria dos visitantes deste Website, dada a regularidade com que esta Antiga Aluna do Curso de EACs tem nele colaborado, com ensaios, reflexões e apontamentos de evidente interesse cultural.
Com um itinerário profissional bastante rico e diversificado, tem-se dedicado a projectos de arte e cultura e afirmado através de iniciativas que lhe abrem expectativas de futuro bastante promissoras.
Registramos, por isso, com muito interesse, as suas impressões acerca da sua actividade desmultiplicada em várias frentes:
«Actualmente consigo conciliar as minhas duas grandes paixões: números e cultura. Terminei o primeiro ano do Mestrado de Gestão e Programação do Património Cultural, na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e encontro-me neste momento a preparar a minha tese de Mestrado relacionada com o Património Cultural de Guimarães. Esta investigação está a provocar-me especial entusiasmo porque pretendo abordar uma “memória” que se constituiu e é na actualidade factor de identidade local de Guimarães. Posteriormente terei de determinar as causas, as origens e o desenvolvimento dessa “memória” ao longo da História até aos nossos dias e a sua repercussão enquanto factor de Identidade histórica e cultural na sociedade vimaranense. Tudo isto passa, também, por um levantamento do Património Cultural (Material e Imaterial) relativo a essa “memória” e dinamizá-lo culturalmente dentro das possibilidades existentes.
A minha actividade cultural passa igualmente por comissariar exposições de pintura contemporânea. A mais recente, “EX(IM)PLOSÃO DE SENTIDOS”, mostra de pintura de Paula Parracho, realizou-se no Salão de Exposições da Biblioteca Dr. Alexandre Alves, em Mangualde. Tenho já previstas outras exposições para comissariar. A minha predilecção pelo comissariado vem do desejo de conceber exposições como narrativas, entrelaçando a expressão estética a teias simbólicas, de modo a proporcionar uma visão criativa e diferenciada das mostras expositivas.
No tocante à escrita, área para a qual me sinto particularmente inclinada, colaboro assiduamente na Coluna Artes e Cultura do Jornal Regional Renascimento, de Mangualde em parceria com o “nosso” site EAC. Tenho, de igual forma, alguns artigos no prelo e brevemente a serem publicados em revistas nacionais de História, Arqueologia e Património Cultural.»
Quanto à avaliação do que representa para si a formação obtida através do Curso de Licenciatura em Estudos Artísticos e Culturais na nossa Faculdade, a Drª Anabela é peremptória:
«A minha escolha pela licenciatura em EAC foi, antes de mais, uma realização pessoal. Cada vez mais as pessoas sentem que ao longo das suas vidas é necessário mudar, evoluir, realizar-se em várias vertentes. E se estas forem de áreas diferentes, adquirimos competências que valorizam a nossa formação. Os Estudos Artísticos e Culturais abriram-me uma nova janela para a vida: a aquisição de conhecimento em arte e cultura, um conhecimento com uma forte base humanística que consolidou a aquisição de várias valências. Como é uma licenciatura que abrange temas tão vastos como Estética, Psicologia das Artes, Marketing Cultural, etc., é a plataforma perfeita para o aluno mais tarde poder escolher e especializar-se em diversas áreas dentro da imensidão de propostas que o mercado de trabalho oferece.»
Fonte: Universidade Católica Portuguesa - Estudos Artísticos e Culturais - Faculdade de Filosofia de Braga