Comentário de Julio Severo: No artigo de WND que traduzi e estou disponibilizando aos leitores do Brasil, o astro do televisão Chuck Norris explica que a melhor ajuda que podemos receber depois de uma catástrofe é de igrejas, amigos e voluntários. Quando o governo federal entra para ajudar, aí entram também desastres e horrores. Pelo menos, foi assim que Chuck Norris definiu a “ajuda” da FEMA (sigla em inglês que significa Agência Federal de Gerenciamento de Emergências) aos cidadãos americanos.
Horrores da ajuda da FEMA durante o desastre do Furacão Sandy
Chuck Norris
“As nove palavras mais horripilantes da língua inglesa são: ‘Sou do governo, e estou aqui para ajudar’”
– Presidente Ronald Reagan
Essas palavras sábias e inesquecíveis faladas por um dos maiores presidentes dos EUA não poderiam soar mais verdadeiras — principalmente hoje, quando o inverno está começando para um número estimado de 130.000 americanos que ainda estão lutando para sobreviver, sem energia elétrica. Muitos vivem sem aquecimento, água quente ou casas inabitáveis e questionam os esforços do governo para aliviar seu sofrimento.
Em meio ao frenesi da eleição presidencial, vários grandes meios de comunicação instantaneamente louvaram a resposta do governo de Obama à devastação do Furacão Sandy no nordeste dos EUA. Mas vamos dar uma olhada por debaixo das manchetes congratulatórias para ver o quadro real e apavorante do que está acontecendo.
Neste exato momento, americanos sem teto estão literalmente congelando, enrolados em cobertores e sacolas de lixo enquanto lutam para sobreviver em cidades de tendas estabelecidas pela FEMA, como o “Acampamento da Liberdade”, em Nova Jérsei, que de acordo com as reportagens “se parece com um acampamento de prisão”.
“Ficar sentado ali na noite passada dava para se ver a própria respiração”, Brian Sotelo, que perdeu sua casa, disse ao jornal Asbury Park Press. “No abrigo da Cruz Vermelha haviam feito um anúncio de que estavam nos enviando para cá para estruturas permanentes que tinham acabado de ser reerguidas, que tinham máquinas de lavar e chuveiros quentes e eletricidade estável, e eles nos mandam para esta cidade só de tendas. Ganhamos essa (palavrão)”.
Sotelo disse que helicópteros Blackhawk patrulham os céus “dia e noite” e um carro negro com janelas escurecidas inspeciona o acampamento enquanto veículos do governo passam a noite movendo equipamento pesado. De acordo com a reportagem, nem mesmo jornalistas têm permissão de entrar no complexo de tendas cercado de muro fortificado, onde do lado de fora de sanitários portáteis se formam filas de residentes que perderam suas casas. Guardas de segurança são colocados de sentinela em cada porta, e os residentes não podem nem mesmo usar o sanitário ou chuveiro sem primeiro apresentar seus documentos de identificação.
“Eles nos tratam como se fossemos prisioneiros”, Ashley Sabol disse para a agência Reuters. “É triste dizer, mas honestamente, nos sentimos como se estivéssemos num campo de concentração”.
Neve e neve semiderretida se infiltram na parte do fundo das tendas do governo em que vivem os desabrigados.
Enquanto isso, as autoridades proíbem que os residentes tirem fotos e até mesmo cortam acesso à energia elétrica e à internet sem fio.
“Depois que todos começaram a reclamar e descobriram que estávamos fazendo contato com a imprensa, deixaram-nos acessar”, disse Sotelo. “Mas toda vez que ligávamos o iPhone ou outro dispositivo na tomada, os policiais vinham e os tiravam da tomada”.
Ele acrescentou: “Todo mundo aqui está revoltado. É como estar numa prisão”.
Entretanto, em Nova Iorque, os residentes da Praia de Gerritsen, [em vez de dependerem da ajuda do governo], se uniram para sobreviver.
“Com todo o devido respeito ao governo federal, estamos acostumados a cuidar de nós mesmos”, Doreen Garson, o voluntário que é chefe interino de bombeiros, disse ao jornal Washington Post enquanto residentes da área recebiam refeições quentes do lado de fora de um trailer. “Não sei o que a FEMA está realmente fazendo pelas pessoas”.
Alguns cidadãos dizem que a FEMA distribuiu cheques para consertar os lares deles, mas as dificuldades burocráticas significam que as quantias de socorro são decididas de forma desigual e podem ser insuficientes para cobrir os prejuízos. Em alguns casos, as verbas de reconstrução são distribuídas até mesmo quando não faz sentido fazer a reconstrução, pois os lares destruídos estão localizados em áreas de elevado risco.
A burocracia da FEMA está uma bagunça tão grande que os estados tiveram de contratar empresas de consultoria para navegar na papelada, trabalho que rende aos consultores 180 dólares a hora — tudo indo para a conta dos cidadãos que pagam impostos.
Enquanto isso, a FEMA — que no passado forneceu trailers para as vítimas do Furacão Katrina que deixaram os residentes doentes por causa dos níveis tóxicos de formaldeído — agora trará mais lares temporários para Nova Iorque e Nova Jérsei. O governo nos garante que desta vez os lares foram aprovados pelo Ministério de Moradia e Desenvolvimento Urbano.
Depois do Furacão Sandy, a FEMA foi negligente, pois não tinha água engarrafada e outros suprimentos prontos para vítimas de tempestades — mesmo uma semana após a passagem do furacão — e foi forçada a buscar ajuda de vendedores particulares para atender às necessidades dos residentes.
Enquanto cidadãos generosos enchem caminhões de doações e bens para os sobreviventes do furacão, a FEMA está exigindo que parem — pois a agência federal tem “normas estritas sobre o que pode e não pode ser aceito”.
Para piorar, a FEMA agora espera que Janet Napolitano, ministra do
Ministério de Segurança Nacional, compareça ao Congresso e solicite para a FEMA um socorro financeiro, à custa dos cidadãos que pagam impostos, para as operações de seguro contra inundação enquanto torra de 200 a 300 milhões de dólares por dia.
Quando e o que foi que fizemos de errado? O erro começou no instante em que começamos a olhar para o governo como uma entidade legítima para ocupar o papel de protetor, provedor e salvador.
O que aconteceu com os tempos em que as comunidades e as igrejas eram os lugares aos quais os americanos recorriam em busca de ajuda? Precisamos voltar aos princípios básicos onde os americanos cuidam de nossos irmãos e irmãs e os ajudam em momentos de crise.
Num exemplo brilhante de comunidades se unindo, os residentes de Staten Island organizaram sua própria equipe de voluntários e lançaram uma campanha de doações, de iniciativa apenas dos cidadãos, trazendo de Virginia imensos caminhões de ajuda para sua comunidade. Eles estão trabalhando com igrejas locais, organizações de veteranos militares e negócios para levar suprimentos necessários e ajuda com esforços de limpeza.
Em outro exemplo ainda formidável de esforços privados, soldados veteranos do Exército de Israel e das forças armadas americanas foram a Nova Iorque para ajudar nas operações de resgate e socorro quando não havia nenhuma presença do governo federal americano.
Igrejas e negócios estão ajudando as pessoas que perderam suas casas, enchendo caminhões de comida, fraldas, cobertores, artigos sanitários e outros produtos necessários.
“Decidimos que não era suficiente declararmos simplesmente o evangelho. Tínhamos também de demonstrá-lo”, declarou o Pr. Jerry Young, da Igreja Batista Nova Esperança do Mississippi. “O que estamos tentando fazer agora é demonstrar o evangelho”.
Exatamente como voluntários de comunidades locais estão se sacrificando muito para ajudar os cidadãos desabrigados e limpar áreas devastadas pela tempestade no nordeste, exorto os voluntários dos EUA, igrejas e negócios a seguir o exemplo deles.
Vamos parar de cometer o erro de esperar que o governo seja nosso salvador em momentos de crise.
A Bíblia nos orienta oito vezes a amar nosso próximo. Nesta semana de Ação de Graças, os EUA têm uma oportunidade extraordinária para fazer exatamente isso. Vamos nos unir e mostrar aos nossos compatriotas que nos importamos e que não os deixaremos à “misericórdia” do governo no momento em que eles estão em necessidade.