A obesidade apresenta-se como um grave problema de saúde pública, podendo ser caracterizada como uma epidemia mundial. Trata-se de uma doença psicossomática, crônica e multifatorial, causada, em grande parte, pelo aumento da ingestão de alimentos gordurosos e a diminuição das atividades físicas.
A mídia possui importante função, com referência nas propagandas de televisão e visuais, no aumento do índice de obesidade. Essas propagandas estimulam o consumo de alimentos sem valor nutricional, além de utilizar-se de estratégias de marketing para capturar as crianças como potencial influenciador nas compras dos pais.
A obesidade infantil é apontada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um dos mais graves problemas de saúde pública.
Os fatores principais para a obesidade infantil são o pouco tempo dedicado às atividades físicas e o consumo excessivo de alimentos industrializados.
Além da publicidade na TV, outras estratégias de venda também afetam as crianças, como embalagens, a colocação dos produtos nos pontos de venda e a distribuição de brindes infantis colecionáveis junto com refeições. Se começarmos a prestar atenção quando vamos ao supermercado, as embalagens de produtos infantis possuem sempre cores vivas, brilhantes e com algum apelo visual. Com relação da colocação dos produtos, os infantis estão sempre no alcance das crianças, sempre nas prateleiras mais baixas.
Ao assistir TV, principalmente em canais infantis de TV a cabo, ou jogando joguinhos de computador, a criança se ver “vitima” de anúncios de alimentos inadequados para uma boa alimentação.
Outro ponto que destaco são os Outdoors, quando uma empresa destaca nas ruas produtos alimentícios, os fast foods são sempre o destaque. Não vemos nas ruas propagandas sobre frutas ou verduras, mas aquele sanduíche gorduroso e sem valor nutricional de empresas conhecidas vão sempre está em nossas vistas.
Mas a mídia não é só o vilão. A Organização Mundial da Saúde sugere a mídia como elemento importante para reverter o quadro epidêmico da obesidade, através de ações educativas, orientando na manutenção da saúde e da qualidade de vida.
Não se trata de identificar os vilões, nem mesmo eleger os responsáveis, mas é necessário a reversibilidade do problema da obesidade infantil a partir da mudança de hábitos, conscientização e educação nutricional.
Procurar ajuda com profissional de Nutrição é o primeiro passo para “vencer” todo o capitalismo que envolve nossas crianças de hoje. Mudando costumes e preferências alimentares. Mostrando os benefícios de bons alimentos e malefícios de alimentos inapropriados.
Se o quadro não for revertido, as gerações futuras correrão o risco maior de desenvolver hipertensão arterial, diabetes, problemas cardiovasculares, renais e cerebrais.