Um ex-chefe de polícia argentino que era acusado de violações de direitos humanos durante o regime militar no país cometeu suicídio em frente às câmeras de TV, durante uma entrevista.
Mario Ferreyra se matou com tiro na cabeça durante entrevista à TV
Mario Ferreyra, conhecido como "Malevo", dava uma entrevista ao vivo ao canal de TV a cabo Crónica TV quando policiais cercaram sua casa, na localidade de San Andrés, na província de Tucumán, com uma ordem de prisão.
No momento da entrevista, Ferreyra estava em pé sobre a caixa d´água, no telhado da casa. Ele vestia uma camisa preta e um chapéu de caubói. Sua família também estava presente.
Ao perceber a chegada da polícia, Ferreyra disse ao entrevistador que era inocente e não havia cometido crime algum.
O ex-policial, então, disse à mulher, Maria, que a amava, sacou uma arma e se suicidou com um tiro na cabeça.
As câmeras transmitiram ao vivo o momento do suicídio e imagens de Ferreyra sangrando, enquanto a família o rodeava.
ACUSAÇÕES
A polícia chegou correndo, mas não conseguiu salvar Ferreyra, que morreu na hora.
O ex-policial era acusado de seqüestro e tortura durante o regime militar que governou a Argentina de 1976 a 1983.
Na época, Ferreyra dirigiu a Brigada de Investigações da polícia de Tucumã e as acusações contra ele eram relacionadas ao funcionamento de um centro clandestino de detenção.
Familiares de vítimas afirmaram que o suicídio de Ferreyra é parte de um "pacto de silêncio" e que o ex-policial se matou para não ter de testemunhar contra ex-colegas.
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