Um total de 92.925 mil pessoas queria fazer perguntas a ele. E foram computados nada menos do que 3.607.837 votos para escolher as melhores indagações que poderiam ser feitas ao presidente mais cybernauta na história da presidência americana.
O primeiro presidente cybernauta, até onde me consta, visto que Bill Clinton não sabia nem digitar e George W. Bush se referia à web como internets.
O evento desta quinta-feira ganhou até um nome sofisticado pela Casa Branca, uma Online Town Hall, numa livre tradução sem o mesmo glamour, uma Assembleia Popular Online.
Os internautas mandaram perguntas, duas delas por meio de vídeos. E o presidente respondeu, em tom jovial, andando de um lado para o outro, com um microfone sem fio, fazendo piadas e agradando a audiência de convidados presentes à Casa Branca.
Para quem assistia o programa fosse na TV no site da Casa Branca,
http://www.whitehouse.gov/, ele ainda ofereceu uma historinha para quem pudesse duvidar que ele, um usuário inseparável de seu Blackberry, pudesse, por ventura, não estar plenamente sintonizado com o que há de mais novo entre as novíssimas tendências.
"Eu estava ontem conversando com Bill Gates, afirmou Obama. O tópico da conversa nem vem muito ao caso.
Depois do evento sem precedentes na história da liderança americana, o presidente dos Estados Unidos ofereceu mais uma atração audiovisual.
Desta vez, para um público totalmente distinto. Em um vídeo pré-gravado (recurso talvez algo defasado para o electro-líder), Obama discutiu a importância da participação cívica e salientou seu compromisso em ampliar oportunidades para todos os americanos.
Ah, sim, ele também louvou a rica diversidade da música latina (?!), durante a vigésima-primeira edição do Prêmio Lo Nuestro, promovido em Miami, pela rede de TV Univisión, e dedicado à música latino-americana.
Depois de já ter feito participação no programa de Jay Leno, de ter sido capa da revista de Oprah, de ter arriscado suas previsões para o campeonato de basquete universitário, onde mais será que falta a Obama aparecer?
Em meio a essas observações, recebo um email informando que os discursos mais recentes do senador republicano Richard Lugar, de 76 anos, já podem ser encontrados no youtube.
Há um hiato de mais de 30 anos entre o veterano Lugar e o jovial Obama, mas, pelo visto, moda é uma coisa que não tem idade.