O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou nesta segunda-feira uma série de mudanças na relação entre a potência e Cuba. Entre as medidas está o início de um processo para autorizar empresas de telecomunicações e outras empresas americanas a disponibilizar serviços de telefonia celular, televisão e rádio para cubanos.
O projeto prevê que americanos paguem pelos serviços que serão prestados para parentes, em Cuba. Cerca de 1,5 milhões de cidadãos americanos têm familiares na ilha que se tornou comunista em 1959, quando o ex-ditador Raúl Castro assumiu o poder.
O funcionamento dos serviços, porém, ainda depende uma autorização do governo cubano.
Não é a primeira vez que os EUA tentam enviar celulares a Cuba. Em maio passado, o então presidente George W. Bush (2001-2008) anunciou a liberação do envio de celulares à ilha. Na época, a proposta também era a de que moradores dos EUA pagassem pelo serviço. Porém, esses aparelhos sempre sofreram para respeitar especificações técnicas e, ainda assim, não pegam em algumas partes da ilha.
Outras restrições que caíram nesta segunda-feira são referentes a duração e frequência de viagens envio de dinheiro e envio de produtos como roupas, sementes e equipamento para pesca. As remessas poderão ter como destinatário qualquer cidadão cubano, com exceção dos funcionários do Partido Comunista e do governo.
O histórico anúncio de Obama foi feito a poucos dias da 5ª Cúpula das Américas, que irá reunir Obama e seus colegas latino-americanos entre os próximos dias 17 a 19 de abril,
em Trinidad e Tobago.
COMUNICAÇÃO
"O presidente gostaria de ver mais liberdade para o povo cubano. Essas ações que ele pode tomar e tomou hoje pretendem abrir a comunicação e dar grandes passos neste sentido", afirmou o porta-voz da Presidência americana, Robert Gibbs.
O principal assessor de Obama para a América Latina, Dan Restrepo, afirmou que a política americana em relação a Cuba "não está congelada no tempo".
Obama fez a promessa de mudar as relações com Cuba ainda durante a campanha. Em maio passado, em comício em Miami, o berço da comunidade cubana-americana, ele disse que "os americanos-cubanos são os melhores embaixadores da liberdade". "É hora de deixar que eles vejam suas mãos e pais, irmãs e irmãos. É hora de permitir que o dinheiro cubano-americano diminua a dependência dessas família do regime de Castro."
"Eles [políticos] vêm à Miami, falam grosso, mas, quando chegam a Washington, nada muda", disse Obama na ocasião.
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