A polícia russa interrompeu uma passeata gay em Moscou neste sábado, marcada para coincidir com a final do festival de música Eurovision Song Contest a ser realizada na cidade.
Dezenas de ativistas haviam se reunido perto de uma universidade desafiando a proibição, e alguns deles foram arrastados pela polícia quando tentaram gritar palavras de ordem.
O ativista pelos direitos gays britânico Peter Tatchell estava entre os detidos.
Mais cedo, a polícia permitiu a passagem de uma manifestação contrária, liderada por grupos religiosos e nacionalistas.
Os grupos de defesa dos direitos gays estavam levantando bandeiras e cantando palavras de ordem, exigindo direitos iguais e criticando o tratamento dispensado aos homossexuais na Rússia.
Ao ser levado pela polícia, o ativista Tatchell gritou: "Isso mostra que as pessoas russas não são livres!".
SATÂNICO
Há informações de que a polícia também teria prendido um líder russo da luta pelos direitos gays, Nikolai Alexeyev.
O festival Eurovision Song Contest conta, tradicionalmente, com uma grande audiência gay e os ativistas viram a final em Moscou como uma oportunidade para mostrar que são tratados com forte preconceito, disse o correspondente da BBC na cidade, Richard Galpin.
Homossexuais sofrem ataques constantes no país, e ainda há o risco de ser demitido do emprego e desprezado por suas famílias.
O prefeito de Moscou, Yuri Luzkhov, descreveu passeatas gays como coisas "satânicas". Grupos de ativistas contra os direitos gays haviam ameaçado tomar as rédeas, caso a polícia não conseguisse interromper a marcha deste sábado.
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