A internet brasileira está em polvorosa. Circula na web uma petição online que já arrebanhou mais de 19 mil assinaturas contra o projeto de crimes virtuais. Vem em boa hora uma legislação para combater a pedofilia online e disseminação de vírus, mas não é contra isso a mobilização.
Ainda paira uma certa dificuldade, principalmente entre alguns magistrados e legisladores, em entender a lógica da rede, que as gerações que cresceram com a internet conhecem bem. Exemplo disso foi quando, em 2007, provedores brasileiros bloquearam o acesso ao site de vídeos YouTube para atender a uma determinação judicial que exigia a retirada de um vídeo do ar. Não há como frear a internet e a disseminação do conteúdo. Mas estaria a neutralidade da rede ameaçada com a polêmica necessidade de identificação dos internautas? No parecer original do projeto, tentou-se criar a figura do que os críticos chamam de provedor dedo-duro", com obrigação de vigiar o uso feito da internet por seus clientes e delatar crimes. Com as acusações de criar um sistema de controle da internet, as regras foram flexibilizadas. Mas segue a necessidade de armazenar, por três anos, os dados sobre a conexão.
A mobilização online é liderada por alguns dos mais renomados pesquisadores brasileiros na área de cibercultura. É em
http://www.petitiononline.com/veto2008 que as vozes mais ativas da internet brasileira têm se encontrado.