Dizem que tudo tem seu tempo. O das lâmpadas incandescentes parece estar chegando ao fim. Na próxima década, vários países vão retirar definitivamente de uso a genial invenção de Thomas Edison (ou de um dos outros que disputam a autoria).
Todo mundo sabe, mas não custa repetir, que o tradicional e baratinho bulbo incandescente desperdiça na forma de calor nada menos que 95% da energia que usa - em outras palavras, só 5% são usados para iluminar.
A partir de 1º de setembro, começam a valer proibições de venda as lâmpadas incandescentes aqui na Europa. Nos cálculos da União Europeia, com isso, até 2020 15 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) vão deixar de ser liberadas na atmosfera.
A Nova Zelândia, a Austrália, o Estado da Califórnia, nos Estados Unidos, e até os nossos vizinhos argentinos e venezuelanos já têm planos semelhantes. Mas não se trata de proteger a natureza, é economia para o próprio bolso.
O instituto alemão Warentest dedicou recentemente uma edição especial à eficiência energética e ressaltou que "com uma lâmpada econômica, o consumidor pode economizar até 100 euros ao longo de sua vida útil".
Na minha casa, já trocamos todas as lâmpadas faz tempo...
Agora imagine quanto uma cidade pode poupar. Em São Paulo, existem cerca de 7,5 mil sinais de trânsito no Rio, outros 5 mil. Quantos postes de rua? E no país? Se todos os prédios do governo usassem lâmpadas econômicas (e tivessem as luzes apagadas ao fim do expediente)?
No entanto, no Brasil, até onde sei, só tramitam projetos de lei a respeito, tanto na esfera federal quando nas estaduais. Nada foi aprovado.
Eu me pergunto por quê.