Voo AF 447
As biografias dos passageiros a bordo do avião da Air France que desapareceu sobre o Oceano Atlântico na segunda-feira servem como "um trágico testamento da crescente importância do Brasil no mundo global dos negócios", segundo afirma reportagem publicada nesta terça-feira pelo diário econômico americano The Wall Street Journal.
Segundo o jornal, apesar de a lista oficial de passageiros ainda não ter sido divulgada, "ela deverá ser lida como uma relação de companhias de primeira-linha europeias e brasileiras, cujos executivos regularmente lotavam a primeira classe e a classe executiva do voo transatlântico".
O diário americano comenta que algumas grandes companhias, como a francesa Michelin, a alemã ThyssenKrupp, a brasileira Vale e a norueguesa StatoilHydro ASA já confirmaram a presença de executivos no voo da Air France que desapareceu.
O Wall Street Journal observa ainda que a maioria dos passageiros do voo eram brasileiros, franceses e alemães, mas que a China, que em março superou os Estados Unidos como principal parceiro comercial do Brasil, tinha nove cidadãos a bordo do voo.
Apesar disso, o jornal afirma que "não todos os passageiros estavam no avião para negócios". "O Rio de Janeiro é um grande destino turístico global, e muitos passageiros provavelmente passaram os dias anteriores tomando banho de sol em suas famosas praias. Os passageiros incluíam sete crianças e um bebê", diz a reportagem.
Para o Wall Street Journal, mesmo como um "antigo destino turístico", o Brasil se tornou nos últimos tempos "um atrativo para executivos europeus, asiáticos e americanos procurando lucrar com seu forte crescimento estimulado pelas exportações".