Um estudo conduzido pelo pesquisador dinamarquês Lars Larsen, da Universidade de Aarhus, indica que a inteligência se mantém estável após os 20 anos de idade e em alguns casos pode até aumentar com o passar dos anos.
A pesquisa contradiz a teoria de que a capacidade intelectual está em seu auge durante a juventude, entre os 18 e os 26 anos de idade.
O estudo foi baseado nos dados de 4,3 mil ex-soldados americanos, que passaram por uma bateria de testes de inteligência ao entrar no serviço militar, por volta dos 20 anos.
Os mesmos soldados, todos veteranos da Guerra do Vietnã, foram submetidos a novos testes duas décadas depois e os resultados mostraram que a capacidade aritmética estava inalterada, em vez de ter reduzido com a idade, e a habilidade verbal melhorou consideravelmente.
Experiência de vida
Larsen diz que a melhoria pode ser resultado de longos anos de prática.
Segundo o pesquisador, com o aumento da experiência de vida e com os desafios que se encontra pela frente, as pessoas desenvolvem mais destreza verbal para descrever seu mundo e lidar com as diferentes situações.
Este efeito anularia a perda de células cerebrais que técnicas de escaneamento mostraram ocorrer pouco antes dos 30 anos de idade.
O estudo, publicado na revista acadêmica Intelligence, faz parte de uma revolução na pesquisa sobre a inteligência, que começou há vários anos e causou uma reviravolta na antiga idéia de que a inteligência tem sua fase mais poderosa no início da fase adulta e depois inicia um longo, lento e inevitável declínio.
A pesquisa também abre caminho para mudanças na concepção de empregadores e instituições educacionais sobre a inclusão em seus quadros de pessoas com idade mais avançada.
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