Só existem o passado e o futuro, talvez o presente represente apenas uma ilusão! Possivelmente, assim pensando, o prof.dr. Paulo César Naoum, comemorando os 10 anos da Academia de Ciência, Tecnologia e Cultura, decidiu resgatar o passado com uma visão futurista própria dos cientistas de formação sólida como é o caso deste eminente professor.
Falar do Paulo Naoum é muito fácil. Representa um dos baluartes da nossa Faculdade de Filosofia Ciências e Letras, que em sua vertiginosa evolução transformou-se no Ibilce (Instituto de Biociências) motivo de orgulho para todos os rio-pretenses.
Exerceu os cargos de professor titular e diretor da instituição, impulsionando o ensino e a pesquisa, baseado nos consistentes conhecimentos adquiridos no Brasil, na Inglaterra e na Itália.
Trata-se de um dos mais renomados pesquisadores na área das hemoglobinopatias, com trabalhos que lhe trouxeram merecido reconhecimento nacional e internacional.
Com todos estes predicados, em mais um ato de grandeza, a Academia decidiu resgatar o passado, homenageando rio-pretenses que ajudaram o progresso da nossa cidade. A escolha segundo decisão do Conselho Científico da Academia foi baseada na meritocracia, hoje esquecida principalmente pelas ações de estado.
Quis o destino que eu fosse um dos agraciados com o prêmio de Tecnologia. Traduzir em palavras minha emoção ao receber o troféu, transcende aos meus dotes.
Ficaria constrangido em redigir este artigo não fosse pelos companheiros que com justiça constituíram a tríade dos homenageados.
O prof.dr. Luiz Dino Vizotto e o querido decano, poeta e livreiro Ferdinando Giovinazzo receberam respectivamente os troféus de Ciência e Cultura.
As palavras do anfitrião foram claras para dizer que nos havia escolhido como exemplos de dedicação e perseverança nas ações em prol da difusão do conhecimento, arma poderosa contra o subdesenvolvimento.
Presenteou-nos e à seleta plateia com a música mágica de Mozart, executada por um perfeito trio de cordas.
As apresentações foram feitas pela competente jornalista, advogada e escritora Cecília Demian, que com sua palavra fácil e cheia de carinho, soube fazer brilhar os predicados de cada um dos homenageados.
Foram emblemáticas as palavras do professor Vizotto, mostrando sua dedicação ao ensino e a pesquisa no Brasil, nos EUA e em países da Sul-América.
Emocionou a todos a fala do poeta Ferdinando Giovinazzo, que do alto dos seus quase 90 anos, soube cativar a todos com sua lucidez, encantamento e alegria.
Tenho certeza que os meus companheiros desta jornada representam exemplos a serem seguidos pelos jovens que vivem a aventura de construir um país mais justo baseado na meritocracia, única forma de valorizar o conhecimento, fonte inconteste do progresso.
Dr. Domingo Braile
Diretor da Pós-Graduação da Famerp e Prof. Sênior da Unicamp
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