Falsas promessas
Durante e após a menopausa as mulheres produzem menos estrogênio, o que pode levar a uma perda óssea. [Imagem: David S. Goodsell/The Scripps Research Institute]
Suplementos alimentares que propõem ajudar as mulheres na menopausa a manterem a saúde óssea podem não estar cumprindo o que prometem, de acordo com uma pesquisa feita na Universidade Purdue (EUA).
"Nós descobrimos que algumas isoflavonas derivadas de plantas têm um efeito modesto na supressão da perda de massa óssea durante o período pós-menopausa, mas o mais preocupante é que muitos suplementos afirmam que têm o poder do estrogênio e não têm," diz a Dra. Connie Weaver.
Fim da reposição hormonal
Durante e após a menopausa as mulheres produzem menos estrogênio, o que pode levar a uma perda óssea.
A terapia de reposição hormonal de estrogênio foi o tratamento tradicional por muito tempo, mas ele não é mais recomendado por estar associado com um elevado risco de ataque cardíaco, embolia e câncer de mama.
Enquanto isso, algumas mulheres têm apresentado severos efeitos colaterais derivados do uso a longo prazo dos bisfosfonatos, a principal classe de medicamentos contra a osteoporose.
Construindo um esqueleto saudável
"Isto é um lembrete de que é melhor construir um esqueleto saudável do que precisar de remédios para consertá-lo mais tarde," diz a médica. "Ossos saudáveis podem ser mantidos com uma dieta rica em cálcio e com exercícios regulares que incluam treinamentos de resistência."
Composto promissor
Os pesquisadores compararam quatro isoflavonas com o tratamento tradicional à base de bisfosfonatos, o residronato e o estrogênio mais progesterona. Essas terapias medicamentosas tradicionais reduziram a perda da massa óssea entre 22 e 24%.
As isoflavonas das folhas de soja e dos gérmens de soja reduziram a perda em 9% e 5%, respectivamente. Os suplementos à base de trevos vermelhos e kudzu não mostraram qualquer efeito na redução da perda óssea.
A pesquisa mostrou também que os cotilédones de soja apresentam uma melhor eficácia devido ao seu conteúdo de genisteína. Agora os pesquisadores pretendem estudar mais cuidadosamente o papel desse composto, uma vez que os resultados mostram evidências de que ele pode ser até mais importante do que apenas o conteúdo de isoflavonas na planta.